Resenha - dia 03/01/13
Enquanto os jogadores que atuam no futebol brasileiro estão fazendo a pré-temporada em seus clubes, o ano futebolístico para os peladeiros do Cabeça de Chave FC já começou há duas semanas. E, apesar do ano novo, os velhos problemas continuaram.
Na primeira pelada de 2013, como já era de se esperar, sobrou gente e só não foram formados quatro times porque alguns mensalistas não quiseram. Somado a isso, tivemos também a "contribuição" de alguns peladeiros para que a pelada ficasse avacalhada.
Nosso digníssimo presidente, Wagner Tomate, recém eleito há pouco mais de dois meses, puxou a fila novamente. Além de não aceitar Zé Varão como cabeça de chave, ele pediu uma falta inexistente em uma jogada no campo de ataque e fez com que os demais peladeiros ficassem putos. A partir dali, foi uma pedição de falta atrás da outra.
Vermei, ao perder uma bola boba na zaga que certamente resultaria no gol da derrota de seu time, pediu falta e deixou os ânimos ainda mais acirrados. E o ápice dessa avacalhação ocorreu quando Vinícius Chupetinha recebeu uma cobrança de lateral, se livrou da marcação de Vaguinho e fez o gol. Só que no lance, Pelé Branco pediu falta antes da finalização da jogada, o que gerou muita indignação - desta vez com razão - de Chupetinha. Mas a forma enérgica como ele se manifestou acabou não agradando a alguns peladeiros.
Dizem às más línguas que Vaguinho estava nervoso e começou a avacalhar por culpa de Fael, que voltou a aprontar e deu um chapéu "a la Tomate" no Pelé Branco. O pipoqueiro, aliás, deu mostras que 2013 pode ser seu ano na pelada.
E não foi só Fael que brilhou na noite. Igor, acredite se quiser, de chuteiras novas, marcou um golaço após boa jogada e troca de passes dos jogadores do seu time. Hugo e Vermei também mostraram bastante vigor físico e chamaram a atenção pela disposição.
Depois do apito final, a reclamação de Chupetinha acabou virando a reclamação de todos os outros peladeiros e se estendeu durante a resenha no bar do Baiano. A grande maioria foi a favor da intervenção dos jogadores de fora na decisão de lances polêmicos ocorridos na pelada. Nem a carne na chapa preparada por Chef Sílvio foi capaz de amenizar a discussão entre os peladeiros.
Resenha - dia 10/01/2013
Após um início de ano conturbado por causa das avacalhações, a segunda pelada de 2013 tinha tudo para voltar ao eixo. Até Tucano, ausente desde a pelada de confraternização de 2012, resolveu dar as caras.
Porém logo no primeiro jogo da noite Zé Varão deu uma pancada desnecessária próximo ao joelho de Túlio, que ficou bastante nervoso e começou a reclamar a partir de então. Primeiro por deixarem os diaristas revezarem no seu time e depois por achar que Tomate fez panela quando estava de fora.
A partir dali a pelada não foi a mesma e a cada pancada que levava (e a cada partida que seu time não ganhava), Túlio ficava mais nervoso. E após uma entrada dura de Coxinha, ele jurou o cabeça de chave e Tomate tomou as dores.
No lance seguinte, Coxinha empurrou Túlio, que colocou a mão na bola. Wagner Tomate pediu falta e "o mito" é quem cobrou o lateral, alegando ter sido empurrado. Os ânimos se acirraram e na continuação da jogada Tomate deu um sapeca iáiá em Túlio, que apelou e após cobrar o lateral intencionalmente no corpo do presidente, descontou na mesma moeda. Os peladeiros intervieram e o jogo prosseguiu. No final da pelada, Tomate veio se desculpar com Túlio, que também se desculpou com o presidente e alegou estar de cabeça quente.
Mas a pelada não teve só lances ríspidos. Matheus voltou a ser decisivo, deitou e rolou nas costas de Vermei e fez belos gols para o seu time. Fael, mesmo morto e andando em quadra por causa de uma gripe, completou a quarta semana direta dando chapéu e a vítima do feito não poderia ser outra pessoa senão o digníssimo presidente Wagner Tomate. Até Luciano, ex-cabeça de chave, fez um golaço ao acertar um chute no ângulo.
Chef Sílvio é outro que vem crescendo de produção dentro de quadra, mesmo continuando com aquela velha pegada. Já Felipe, que estava em recuperação de um estiramento na coxa, tentou voltar e só conseguiu jogar uma partida. Outra novidade foi Chupetinha, que jogou calado o tempo todo e sem reclamar.
Durante a resenha, mais discussões sobre lances da pelada. Túlio, mesmo mais calmo, continuava indignado com as pancadas e apresentou seu afilhado Caio para Hélio. O jovem vem com a promessa de ser o algoz do experiente cabeça de chave e pretende substituí-lo como peladeiro daqui a quatro anos.