Todos imaginam que a festa de confraternização é o fechamento da temporada oficial do Cabeça de Chave FC. Para os peladeiros que apresentaram um bom futebol ao longo do ano, o restante do ano não torna-se apenas uma diversão e a maioria vai para a pelada desinteressado, já que não existe mais aquela obrigação de "mostrar serviço".
Para outros peladeiros, no entanto, o final de temporada significa a chance de tentar assegurar uma vaga na pelada para o próximo ano. Quem se contundiu ou apresentou pouco futebol tenta, de todas as formas, mostrar seu potencial. O período é bastante propício para esses peladeiros, já que os "bambambans" da pelada dão as caras apenas para marcar presença e participar da resenha após os jogos.
Ontem isso ficou bastante claro: os jogadores do topo do ranking passando tempo em quadra enquanto os da "zona da degola" jogavam com "sangue no olho". Os diaristas, em grande número ontem, também encarnaram o "espírito guerreiro" e tentavam mostrar serviço de todas as formas. E assim sendo, a pelada foi bastante disputada e repleta de surpresas, além de estar superlotada. Foram formados 4 times e a "de fora" ficou com nada menos que 6 goleiros. Infelizmente só 3 puderam jogar e teve até mensalista abrindo mão da sua vaga para os diaristas jogarem.
Do inferno ao céu
Depois de um ano conturbado, Fael chegou ao fundo do poço na pelada de confraternização. Mesmo com seu time terminando vice-campeão do torneio, ele se contundiu ainda na 1ª fase e teve que assistir a final na arquibancada. Por esse motivo, ganhou o rótulo de "pipoqueiro", por nunca ter participado de um jogo final.
Ontem na quadra, antes da bola rolar, foi ridicularizado em frente aos peladeiros ao ser recebido por Hélio com uma "chuva" de milho de pipoca e aos gritos de "pipoqueiro". Fael preferiu o silêncio e foi para quadra cabisbaixo. Nem quando soube que Túlio lhe homenageou após marcar um gol na Arena do Jacaré fez o humor de Fael mudar.
Visivelmente "mordido" e tendo que mostrar serviço, Fael entrou em quadra para calar a boca dos críticos. E conseguiu! Numa exibição de gala, a la Messi, o pipoqueiro humilhou Tomate com chapeuzinhos, e debaixo da perna e, para completar, fez gols e se movimentou como nunca antes na história da pelada. No final, recebeu o reconhecimento de todos como o melhor da noite disparado. A bajulação foi tanta que muitos peladeiros pediram para registrar o momento único de Fael no blog. Pelé Branco chegou a declarar que "se não conhecesse Fael e tivesse visto ele jogar pela 1ª ontem, chamaria ele para jogar no seu time em qualquer pelada".
Apesar da memorável atuação de Fael, outros peladeiros também conseguiram brilhar na noite. Hugo e Vermei também fizeram golaços na noite e Mão de Quiabo fez grandes defesas, relembrando aquela atuação da pelada da 3ª festa de confraternização.
Por outro lado, o time formado por Coxinha, Javali, Tomate, Túlio, Zé Varão e Wemmerson passaram a noite em branco. Não ganharam nenhuma partida e não marcaram nenhum gol. Chegaram ao cúmulo de permanecer em quadra menos de 2 minutos ao ser derrotado numa partida. Quando conseguiram empatar os jogos (em 3 oportunidades), perderam na tampinha. E Túlio ainda levou uma sarrafada de Matheus que lhe rendeu umas queimaduras nas costelas e no antebraço.
Para finalizar a noite, a resenha teve aquele lombo com batata cozida preparado por Chef Sílvio e apreciado por praticamente todos os peladeiros que jogaram ontem. O assunto principal, claro, foi a atuação de "Fael, o pipoqueiro", que foi chamado de "jogador de pelada".
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